Aprender a agir com solidariedade e cultivar a empatia é algo que deve começar ainda na infância. Afinal, crianças que são capazes de agir com compaixão podem causar um grande impacto na sociedade. Seja observando o exemplo dos pais, conversando sobre o assunto ou se envolvendo em ações de voluntariado, existem muitas formas de trazer o tema para o cotidiano.
Uma maneira de agir com empatia é se envolver em atividades que beneficiem quem precisa, como os afetados pelas enchentes que ocorreram no final de abril de 2024 no Rio Grande do Sul, por exemplo. Como forma de oferecer apoio e acolhimento, estudantes de todo país escreveram cartinhas com mensagens e desenhos para crianças gaúchas. De acordo com Matheus Henrique Alves, coordenador de Evangelização da Gerência de Identidade, Missão e Vocação do Marista Brasil, a iniciativa teve como objetivo promover um gesto de solidariedade entre os estudantes.
“As crianças e os jovens também foram sensibilizados pelas imagens e notícias que chegaram da região. Esse gesto de escrever ou desenhar algo para enviar em apoio às crianças e jovens impactados pela catástrofe é uma forma que encontramos para canalizar esse sentimento em atitudes concretas de cuidado e empatia”, afirma.
Como ensinar os filhos a serem solidários?
A capacidade de se conectar com empatia com o outro – sentir com ele, se preocupar com seu bem-estar e agir com compaixão – beneficia a vida de todos. É o que mostra a Pesquisa Doação Brasil, realizada em 2022, que revela que a empatia é essencial para estimular a solidariedade.
A empatia envolve a capacidade de perceber os sentimentos dos outros (e de reconhecer nossas próprias emoções), de imaginar por que alguém pode estar se sentindo de determinada maneira e de se preocupar com seu bem-estar.
Confira 5 hábitos para cultivar a empatia:
Se interesse pelo outro:
A curiosidade expande nossa empatia quando falamos com pessoas fora de nosso círculo social usual, encontrando vidas e visões de mundo muito diferentes das nossas.
Encontre semelhanças:
Esteja aberto para conhecer o outro na sua individualidade, valorizando o que os une e não o que os separa;
Se coloque no lugar do próximo:
Para desenvolver a empatia, é preciso se aproximar. Conhecer outras realidades permite desenvolver novas amizades e conhecer melhor a realidade do outro. A empatia beneficia tanto quem pratica quanto quem recebe;
Ouça com atenção:
A escuta qualificada é essencial para criar vínculos afetivos. A empatia é uma via de mão dupla que, na melhor das hipóteses, é construída sobre o entendimento mútuo – uma troca de nossas crenças e experiências mais importantes;
Aja com solidariedade:
A empatia pode acontecer a nível individual, mas também pode gerar melhorias para a sociedade. Por isso, é tão importante contribuir, seja doando para alguma causa ou sendo voluntário em instituições sociais.