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COP30: Marista Brasil reúne mais de 300 participantes em defesa da Ecologia Integral

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Em novembro, Belém (PA) sedia a COP30, a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), e também a Conferência Nacional do Observatório Marista do Clima. 

O Colégio Marista Nazaré, em Belém, recebe, durante os dias 10 e 14, representantes de todos os colégios e escolas maristas presentes nos 20 estados brasileiros. Ao longo do ano, as 96 unidades da instituição desenvolveram ações com foco em sustentabilidade ambiental e climática, e as 81 unidades que atendem o Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio enviaram delegações de alunos e professores para a capital paraense. Ao todo são cerca de 300 participantes, sendo 190 estudantes e 112 educadores. Uma delegação de Maristas do Chile, composta por seis estudantes e dois professores, completa o grupo e reforça o compromisso internacional dos Maristas com o cuidado com a Casa Comum.

Diante do tema “Ecologia Integral” da Campanha da Fraternidade de 2025 e da escolha do Brasil para sediar a COP30, o Marista Brasil mobilizou toda a sua rede de escolas para desenvolver um projeto integrado. “Temos presença marista em todas as regiões brasileiras e em todos os biomas de vida. Estamos na Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e nos Pampas”, constata o Irmão Paulo Soares,  um dos idealizadores e membro do Comitê Organizador do Projeto Observatório Marista do Clima.

“Os impactos da crise climática não são iguais, há estudantes maristas que, junto com sua comunidade, viveram as enchentes no Sul, outros sofrem com a seca no Norte ou a desertificação no interior — por isso, a educação precisa formar para essa consciência solidária e justa, na qual todos se sintam parte de uma travessia comum e urgente por uma nova forma de existir”, defende.

Ele, que também é gerente de Identidade, Missão e Vocação do Marista Brasil, explica que o Observatório se constitui como um movimento em rede de identificação, incentivo, acompanhamento e certificação de ações pedagógico-pastorais voltadas para a aprendizagem solidária e para os temas emergentes da Ecologia Integral, especialmente as questões climáticas. Ele lembra que o projeto nasce de um compromisso institucional marista assumido com a Encíclica Laudato Si: “Todos nos comprometemos com o Papa Francisco em um pacto global de cuidado com o planeta, e a educação católica não poderia se omitir.”

O Observatório Marista do Clima funciona como uma rede permanente de aprendizagem e ação climática dentro das escolas maristas, articulando experiências pedagógicas interdisciplinares, desenvolvimento socioemocional e habilidades da Matriz Curricular do Marista Brasil. A porta de entrada é a Simulação Marista da COP, critério obrigatório para filiação, na qual os estudantes representam países, negociam e propõem soluções ambientais reais. A partir dessa mobilização, as unidades desenvolvem projetos climáticos baseados em situações-problema — como iniciativas de lixo zero, economia de água e energia ou criação de soluções sustentáveis — conduzidos em seis etapas que envolvem planejamento, implementação e compartilhamento. Professores atuam como observadores, orientando e acompanhando as ações, enquanto os estudantes assumem protagonismo, engajando colegas e a comunidade escolar na construção coletiva de respostas concretas para os desafios climáticos.

 

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